O autocuidado contra o câncer de cabeça e pescoço
No mês passado, nos deparamos com a campanha Julho Verde, que marca a campanha nacional de prevenção dos tumores de cabeça e pescoço desenvolvida pela ACBG Brasil – Associação de Câncer de Boca e Garganta em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
À medida que a doença aumenta internamente e em todo o mundo, o movimento está se tornando cada vez mais importante.
Somente no Brasil, a doença atingirá 35.000 a 40.000 até 2020, tornando-os um dos tumores mais comuns em homens e mulheres.
Estamos falando de câncer de boca, faringe, garganta, pescoço, seios nasais, pele facial, etc. O diagnóstico geralmente é atrasado, levando a tratamentos mais ineficazes e prejudicando permanentemente a qualidade de vida do paciente.
Para explicar melhor com você pode de prevenir, diagnosticar alguns sintomas e como auxiliar pessoas que estão passando por este problema, a Pax Bahia preparou um material completo para você.
Vamos lá!
Como em muitos tipos de câncer, hábitos saudáveis, como não fumar, não beber álcool e evitar a exposição excessiva ao sol, são o foco da prevenção.
No caso de tumores de cabeça e pescoço, a vacinação contra o HPV também é relevante, porque a infecção pelo papilomavírus humano causa um aumento na incidência de câncer bucal em jovens.
Preste atenção a sintomas físicos, como feridas na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias, dificuldade ou dor na deglutição, caroços na área ou rouquidão prolongada, e é necessária atenção médica urgente.
No entanto, além dos avisos, também precisamos conversar sobre as consequências. A campanha publicitária deste ano é baseada no lema "Seu corpo é sua vida" para incentivar o autocuidado.
Infelizmente, é grande o número de pacientes que interrompe o tratamento devido a esses tipos de câncer, com consequências estéticas, verbais e de deglutição. Muitas pessoas perderam a voz e são incapazes de se comunicar e socializar.
SINTOMAS
Nos estágios iniciais, os cânceres de cabeça e pescoço tendem a crescer lentamente. Pode se estabelecer como uma lesão maligna ou pode originar-se de lesões pré-malignas (leucoplasia e eritema).
À medida que cresce, o tumor primário invade os tecidos circundantes.
No estágio mais avançado, suas células podem migrar para os gânglios linfáticos cervicais e cair no sangue, atingindo órgãos distantes: pulmões, fígado, ossos, etc.
Crescimento local de câncer de cabeça e pescoço. Observe que quando o câncer cresce, ele começa a invadir tecidos próximos e, em estágios mais avançados, suas células podem migrar para os linfonodos cervicais.
Os tumores que crescem nessas áreas são constituídos por células que os produzem nos órgãos e devem ser tratados como tal.
TIPOS DE CÂNCER
Carcinoma de células escamosas
É o tipo mais comum, respondendo por mais de 90% dos casos, e a relação com o fumo e a bebida também é a mais evidente.
Origina-se de células que cobrem toda a área da mucosa da cabeça e pescoço.
Carcinoma adenóide cístico e carcinoma mucoepidermóide
Eles são responsáveis pela maioria dos tumores da glândula salivar.
Tipos raros
Os 5% restantes incluem tipos muito raros: sarcoma, linfoma e adenocarcinoma.
PREVENÇÃO
A melhor forma de combater essa doença é apostar na prevenção: usar camisinha para sexo, fazer a vacina de HPV na infância, não beber em excesso e fumar são as medidas mais eficazes para reduzir a incidência de Câncer de cabeça e pescoço.
Para você compreender melhor sobre a realidade de quem já passou por um câncer de cabeça ou de pescoço, deixamos a palavra para Melissa Ribeiro, sobrevivente de câncer de laringe, fundadora e presidente voluntária da ACBG Brasil – Associação de Câncer de Boca e Garganta:
Como sobrevivente do câncer de laringe, lamento não ter me recuperado a tempo. Essa dor pessoal me levou a trabalhar voluntariamente para pessoas que sofrem a mesma discriminação e repressão de direitos todos os dias.
Por exemplo, como muitos pacientes foram submetidos à traqueostomia - um procedimento que se comunica entre a traqueia e o ambiente externo, para que o ar possa entrar nos pulmões, precisamos garantir a recuperação da função sonora e respiratória.
Acredite, no Brasil, os indivíduos podem ser submetidos a uma cirurgia para remover completamente a garganta e voltar ao trabalho, sem a necessidade do Sistema Único de Saúde (SUS) fornecer os suprimentos necessários para garantir a proteção da traqueostomia e direcionar o ar para os pulmões.
Nosso trabalho não acaba e os números nos mostram que precisamos nos conectar em rede para escalarmos nosso impacto. Enquanto houver vozes não ouvidas, a missão da ACBG não foi cumprida.
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