Imunização: a importância da vacina para a saúde de todos
Quem não se vacina coloca sua saúde e a de outras pessoas em risco, além de contribuir para o aumento da circulação de doenças. A vacinação é a melhor forma de se proteger de vários tipos de enfermidades graves que podem até mesmo levar à morte.
A maioria dessas enfermidades que podem ser prevenidas pela vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou através de espirro, tosse ou fala, ao expelir perdigotos com agentes infecciosos. Por conta da vacinação, houve uma queda muito grande na incidência de doenças que chegavam a matar quem as contraía até metade do século passado, como sarampo, coqueluche, sarampo e rubéola. Hoje são facilmente evitadas ou tratadas, mas mesmo sob controle podem voltar a se tornar epidemia se as pessoas pararem de se vacinar.
Como as vacinas agem no corpo?
Vacinas são substâncias produzidas com as próprias bactérias ou vírus causadores das doenças. Os microrganismos podem já estar mortos ou atenuados, que fique claro, de forma que não causem mal algum. Em contato com o organismo, os antígenos nas vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir de anticorpos. Assim, se o corpo for invadido pelo mesmo microrganismo que foi utilizado na imunização, ele vai reagir rapidamente, impedindo que se desenvolva.
Algumas vacinas são aplicadas em mais de uma dose no organismo. Isso acontece porque os anticorpos permanecem por tempo indeterminado no nosso corpo, e dependendo do tipo de vacina, é necessária a aplicação de uma outra dose, chamada de reforço. Depois dela, o sistema imunológico é estimulado a produzir mais anticorpos.
Como surgiram as vacinas?
Em 1796, há mais de 200 anos, foi criada a primeira vacina, contra o vírus da varíola, já erradicado. O inglês Edward Jenner, seu criador, injetou um soro de varíola bovina em menino de oito anos, conseguindo imunizá-lo. Em 1885, Louis Pasteur criava a vacina contra a raiva de animais, uma mal facilmente transmitido para os humanos. Depois disso, vários outros tipos foram sendo criados. Uma das consideradas mais importantes até hoje é a vacina contra a paralisia, conhecida aqui no Brasil como gotinha.
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Por aqui, as vacinas surgiram no começo do século XX. Na época, não havia sequer saneamento básico nas cidades, o que comprometia a saúde da população com diversas epidemias, como febre amarela e varíola. O responsável por promover uma revolução sanitária no país foi o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Houve diversas manifestações contra a vacina por parte da população, que não conhecia seus benefícios. O episódio ficou conhecido como Revolta da Vacina.
A vacinação deve ser realizada em todas as fases da vida de uma pessoa
Além das campanhas de vacinação que são realizadas anualmente no país, como a da gripe e, recentemente, a da febre amarela, que voltou a se tornar epidemia, é importante manter outras imunizações em dia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas se houvesse uma melhor cobertura mundial de vacinação.
Crianças e idosos não são os únicos grupos que precisam se vacinar. Isso deve acontecer em todas as fases da vida, da primeira infância até a terceira idade, incluindo adultos.
Os movimentos antivacina se tornaram um empecilho na conscientização
Uma parcela da culpa dos índices decrescentes de vacinação ao redor do mundo é dos movimentos antivacina, que vêm ganhando força, baseada em fatos não comprovados, com apoio de diversas celebridades e fake news em redes sociais.
Eles trouxeram uma perda da autoridade médica, dando uma falsa sensação de autonomia nas pessoas sobre a própria saúde, fazendo com que elas posicionem relutantemente mesmo diante de evidências científicas.
As vacinas são instrumentos de proteção individual e coletiva, por isso deve haver um planejamento constante relacionado à vacinação familiar. Uma estratégia já utilizada é o cartão de vacina, que serve para identificar se a pessoa foi imunizada devidamente, levando em conta que a prevenção é muito mais eficaz e barata que o tratamento.
“O que acontece se eu não me vacinar?”
Como a maioria das epidemias foram erradicadas ou contidas há muito tempo, a população não as tem em sua memória, e o tempo fez com que a importância da vacinação contra elas deixasse de ser prioridade. Isso fez com que as taxas de vacinação no país caíssem nos últimos anos, tornando muito maiores as chances de que elas voltem.
Dessa forma, males como poliomielite, sarampo, rubéola e rubéola congênita, assim como o aumento de outras doenças imunopreveníveis como a difteria, coqueluche e varicela, podem estar mais perto do que se imagina. Isso pode significar um retrocesso imenso para a saúde no país. Muitos não sabem, mas o fator que mais contribuiu para o aumento da expectativa de vida do brasileiro foi a vacinação.
É importante ressaltar que toda vacina licenciada para uso passa por diversos testes e fases de avaliação rígidas de institutos de avaliação, para garantir a segurança da população, como a certificação realizada pela Anvisa. Algumas pessoas podem apresentar alguns efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção e febre baixa.
Para quem ainda tem dúvidas, aqui está a cartilha de vacinas disponibilizada pelo ministério da saúde.
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