Os desafios que os pacientes que usam bolsas coletoras enfrentam
O estado atual da saúde no Brasil e no mundo mostra com mais clareza a desigualdade em nosso sistema e o enorme desafio de reverter essa situação.
Porém, entre os muitos problemas, mesmo que haja falta de conhecimento, é necessário procurar pessoas que vivam em condições de saúde muito peculiares e raramente revistas.
Estamos falando dos chamados estomizados, esses pacientes precisam se submeter a uma cirurgia, por exemplo, para abrir uma nova forma de eliminar urina ou fezes, e precisam usar bolsa coletora.
Para explicar os desafios que os pacientes que utilizam bolsas coletoras enfrentam diariamente em nosso país e o que fazer para mudar este cenário, a Pax Bahia preparou este artigo. Fique conosco e confira!
Bolsas coletoras: os desafios que os pacientes brasileiros enfrentam
Atualmente, temos aproximadamente 120.000 pessoas submetidas a estomia no Brasil, apenas pacientes que contam com programas de eliminação são considerados. Existem aproximadamente 15.000 novos casos a cada ano.
Destes, 75% vão receber os materiais através do Sistema Único de Saúde (SUS) e 25% por meio de operadoras privadas.
O diagnóstico de câncer colorretal está aumentando, sendo o segundo tipo mais comum entre homens e mulheres e a principal causa de estoma.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê que, até o triênio 2020/2022, sejam diagnosticados mais de 40 mil novos casos a cada ano, estimando-se que sejam 20 novos casos por 100 mil pessoas e 20 novos casos por 100 mil pessoas.
Além disso, o aumento substancial no número de pacientes também destaca a importância de desviar a atenção para aqueles que dependem da cirurgia.
Somos um dos países que oferecem aos usuários menos bolsas coletoras, são cerca de dez bolsas coletoras oferecidas pelo SUS a cada paciente por mês. Em alguns casos serão oferecidas 15 ou até 30 bolsas, mas esta não é a regra e sim a exceção.
Ao contrário do que as pessoas acreditam as bolsas coletoras deveriam ser utilizadas de forma descartável, o que acaba não acontecendo devido a baixa oferta do material.
Basta olhar para os nossos países vizinhos e ver que ainda temos muito a melhorar. Por exemplo, na Argentina, o número médio de subsídios para bolsas coletoras fornecidos pelo governo aumentou para 30, o que significou uma grande melhoria na qualidade de vida.
O que fazer para mudar este cenário?
Em termos de acesso, desde 2009, temos alcançado uma conquista, que é a Portaria Federal nº 400 que cuida do paciente estomizado.
Porém o Luiz Tavares presidente da Coloplast do Brasil, acredita que mesmo com os regulamentos, ainda estamos atrasados:
“Muitos aspectos ainda precisam ser aprimorados, como a definição de bolsas mínimas e a inclusão de itens e suprimentos básicos. Por outro lado, as pessoas precisam estar cientes de seu próprio poder e dizer-lhes que mudanças podem e devem fazer. Hoje, os profissionais da área trabalham muito para fornecer serviços qualificados e, muitas vezes, lutam com a falta de suporte para os usuários.”
Luiz ainda afirma que reforçar as entidades que representam a população de estomizados também é uma das atitudes necessárias.
Na esfera federal, são organizadas associações nacionais e podem ser registradas campanhas de defesa dos direitos dos estomizados nessas entidades.
Por fim, Luiz Tavares conclui que:
“Na verdade, só podemos superar todos esses obstáculos estabelecendo vínculos com associações e entidades de classe que representam nossos estomizados. O que temos hoje não pode ser considerado normal. Precisamos com urgência melhorar o nível de atendimento no Brasil e afirmamos claramente que priorizando a qualidade de vida dos pacientes, todo o sistema terá sucesso.”
Agora você já sabe alguns dos desafios que os pacientes que utilizam bolsas coletoras precisam superar em nosso país.
Neste artigo aprendemos que são necessárias várias atitudes para mudarmos este cenário e construirmos uma realidade melhor para esta parcela tão grande da nossa sociedade.
A Pax Bahia reforça o seu zelo para com a sociedade como um todo. Nossos planos de assistência familiar visam entregar aos nossos beneficiários o que há de melhor no mercado.
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