Exercícios para a mente: tratamentos para Parkinson e Alzheimer
A cada novo avanço da ciência, fica mais claro que as atividades físicas não são apenas aliadas da saúde física e dos padrões estéticos vigentes. Novas diretrizes e pesquisas já mostram que os exercícios físicos são tão bons para os músculos do cérebro quanto para o resto do corpo.
Seja pela liberação de hormônios como a endorfina, adrenalina e dopamina – conhecidos como hormônios do bem-estar – ou seja, pelo estímulo da memória muscular e do equilíbrio, tudo indica que as atividades físicas podem ser uma parceira e tanto no tratamento de doenças neurológicas degenerativas, como Parkinson, Alzheimer e até mesmo na recuperação após um AVC.
É claro que, quando falamos dos idosos, o ideal é ter o acompanhamento de um médico especialista, visto que nem toda atividade física pode ser segura. Mas, pensando nisso, nós da Pax Bahia trouxemos um resumo do manual com orientações, desenvolvido pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte.
Continue lendo e saiba como exercitar o cérebro!
Como exercitar o cérebro?
Quando pensamos nos exercícios para a mente, logo nos vem a ideia de algo relacionado a jogos mentais e estímulo de raciocínio, como jogos de memória e de lógica. Ainda que essas atividades continuem sendo recomendadas – e sempre vale a pena estimular essas áreas – já se sabe que as atividades físicas também possuem essa competência.
O ideal é manter uma rotina de atividades físicas desde cedo, antes mesmo de começarmos a nos preocupar com o envelhecimento e possíveis doenças neurodegenerativas progressivas.
Exercícios simples como uma corrida de 30 minutos diariamente, ou pilates e outros tipos de alongamentos e, é claro, a musculação, são o suficiente para manter uma vida saudável e prevenir futuros problemas.
Exercíos no tratamento para Parkinson
O Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns após os 60 anos. Essa doença é caracterizada pela diminuição drástica da dopamina no nosso cérebro. Você se lembra do início do artigo, quando falamos sobre a produção de dopamina a partir da prática de exercícios físicos?
A dopamina é um neurotransmissor responsável pela coordenação motora, então quando ele está abaixo do normal, sentimos tremores quando em repouso, rigidez muscular, lentidão e falta de equilíbrio. Com o tempo, os sintomas progridem para alteração na cognição e no comportamento.
Como as atividades físicas irão auxiliar? Ajudando na produção de dopamina, o que naturalmente irá controlar as manifestações da doença e desacelerar o processo de deterioração cerebral, produzindo novas conexões entre os neurônios.
Entenda mais sobre o Mal de Parkinson conferindo nosso artigo especial sobre o assunto!
Quais exercícios fazer?
Saber destes benefícios não significa que o indivíduo pode sair se exercitando sem qualquer cuidado, principalmente se esse indivíduo for idoso.
Comece com exercícios aeróbicos, que devem ser regulares, ritmados e supervisionados. Como uma caminhada, trote, corrida, natação e aula de ginástica, por exemplo. A frequência pode ser 3 vezes por semana, por cerca de 30 minutos com intensidade moderada.
Para ganhar força, os movimentos dos grandes grupos musculares podem ser trabalhados por meio de aparelhos, pesos livres e faixas de resistência. A frequência deve ser de 2 a 3 vezes por semana, durante dias não consecutivos com séries de 15 repetições.
Para treinar o equilíbrio, ioga, dança e pilates são ótimas opções, pois trabalham movimentos multidirecionais. Duas a três aulas semanais são suficientes. Em caso de alongamentos mais simples, o ideal é fazer diariamente.
Exercícios no tratamento para Alzheimer
Você provavelmente já conhece a doença de Alzheimer como a doença da memória. De modo sorrateiro e gradual, essa doença solapa funções cerebrais, tais como a da memória, mas não apenas.
Apesar de ainda ser muito estudada e muitas vezes considerada um mistério para os cientistas, existem evidências de que o sedentarismo é um fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer, caracterizada por um acúmulo anormal de certas proteínas que levam à morte dos neurônios.
Infelizmente a doença ainda carece de um tratamento efetivo, e é nesse ponto que as atividades físicas entram como aliadas, já que podem minimizar o processo de perda cognitiva e auxiliar na estabilização das alterações de humor e comportamento, típicas do quadro. De forma resumida, os exercícios não curam, mas melhoram significativamente a qualidade de vida.
Segundo o manual divulgado pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte, o ideal seria o paciente praticar 150 minutos de atividade física mais vigorosa por semana, mas exercícios leves já trazem benefícios.
Quais exercícios fazer?
Os exercícios que trabalham a memória muscular são os mais ideais. Para aqueles que gostam de dançar, então está na hora de tirar os sapatos do armário e escolher a melhor música.
Ela melhora a força, a flexibilidade, a estabilidade e a agilidade. A dança pode ser individual, em dupla ou até em grupo. E também não há o “melhor tipo” de dança indicado, os movimentos podem ser livres e improvisados.
Os exercícios na água também são ótimas opções no tratamento para Alzheimer. Além das vantagens típicas das atividades aeróbicas, a água tem um efeito relaxante. É importante, no entanto, procurar por instrutores treinados.
A caminhada é outra atividade que trabalha diversas habilidades do corpo, além de possibilitar e estimular o contato social. A distância percorrida e o ritmo varia conforme a capacidade de cada pessoa.
Gostou das nossas dicas? Aqui no blog da Pax Bahia você encontra diversos conteúdos sobre a saúde na terceira idade e hábitos saudáveis para uma vida de qualidade. Não deixe de conferir!
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